domingo, 23 de setembro de 2012

A casa de Berg





Meu segundo ano de comemoração do aniversário de Berg. Eu, assim como no ano passado, havia planejado ficar duas horas no máximo. Novamente não consegui cumprir meu prazo. A casa de Berg parece a ambientação de um filme Cult rodado na Europa. De fato o é, rodado na Europa e Cult, mas não é um filme. É vida real.
No mundo de Berg parece não haver preconceitos. É muito impressionante ver aqueles “machões” tão relaxados e se divertindo num ambiente onde existem diferentes públicos. É muito impressionante ver aqueles “machões” tão relaxados ao ponto de fazer brincadeiras com os gays que exigem o toque, sem ultrapassar o limite da brincadeira – será?. É impressionante ver aqueles machões fazendo isso sem se importarem com o que as mulheres da festa iriam pensar sobre eles. E é impressionante ver aqueles “machões” se tornarem ainda mais desejados por aquelas mulheres que ali estavam e pelos gays também.
No mundo de Berg , nós vemos várias cores, várias bebidas, várias opiniões e o respeito. A casa de Berg parece ser um ambiente neutro, onde as diferenças são deixadas à porta de entrada ou deixadas no quarto separado para guardar os casacos. Depois é só pegar os casacos novamente, sem esquecer-se das diferenças, é claro!
No mundo de Berg acontece também o encontro de culturas: intelectuais e de entretenimento.  Num ambiente com uma estante repleta de livros e com quadros feitos por um dos moradores da casa, o próprio Berg, ouvimos e vemos músicas alegres, apelativas e que provocavam reações diversas nos espectadores, ou seja, adequadas para trazerem o tom de antagonismo e miscelânea que a casa de Berg pede.  Além do fato de a música intelectual já ter sido apreciada.
No mundo de Berg a cozinha é uma das marcas de suas festas. Não entendendo o porquê conscientemente, a cozinha é o lugar preferido de quase todos os convidados. Na verdade é lá onde tudo é mais livre, tudo é possível, é o lugar das bebidas, é o lugar onde todos podem fumar, é o lugar onde Leila Pantel lava a louça e canta acompanhada por um pandeiro. É na cozinha que você conversa em alemão, ouve inglês e fofoca em português (assim é melhor para os gringos não entenderem).
A casa de Berg é um dos eventos mais aguardados entre os brasileiros e gringos, fazendo parte do meu calendário de eventos anuais em Hamburgo.
Tudo isso acontece por Berg ser inteligente, educado, ótimo anfitrião, alegre, com a pele maravilhosa e quando é dada a hora ele é capaz de jogar tudo isso para cima, como se fosse confete dos bons carnavais de outrora para cair na gostosa gandaia? Não sei!
O carisma de Berg ainda será fonte de estudo da NASA! Cara massa (esta palavra "massa" sempre me lempra Lilian!)!!!

3 comentários:

  1. Querido fiquei emocionado com o seu texto, ainda tô arrumando a bagunça... normal depois de tanta farra... rsrrs beijos

    ResponderExcluir
  2. Eu sou um privilegiado em frequentar essa casa!

    ResponderExcluir
  3. Já estou contando os dias para a próxima!

    ResponderExcluir